A inflação apresentou uma desaceleração significativa, registrando a menor taxa para o mês de outubro em 27 anos. Apesar disso, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) permanece acima do teto da meta estabelecida para 2025 pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O órgão define uma meta de inflação de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, oscilando entre 1,5% e 4,5%. As projeções do mercado financeiro indicam que o IPCA deverá retornar à meta em fevereiro, impulsionado por variações mais brandas nos próximos meses. Um dos destaques positivos foi a deflação nas tarifas de energia elétrica residencial, que recuaram 2,39% em outubro, após um aumento de 10,3% em setembro. Essa redução foi influenciada pela diminuição da bandeira tarifária vermelha, que impactou diretamente no valor das contas de luz. O grupo de alimentos e bebidas também apresentou um resultado relevante, com uma inflação de apenas 0,01%. Essa variação positiva, embora pequena, interrompeu uma sequência de quatro meses consecutivos de queda. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ressalta que essa alta não exerceu pressão significativa no resultado geral da inflação, sendo o menor resultado para o mês de outubro desde 2017.