Hip-Hop em Salvador: Batalhas de Rima e Slams Conquistam a Periferia e Quebram Barreiras

No Dia Mundial do Hip-Hop, celebrado em 12 de novembro, o Bahia Notícias investigou a efervescência desse movimento cultural em Salvador. A educadora musical Djenane Silva, mestre pela UFBA, ressalta que o hip-hop nasceu nos guetos norte-americanos, representando as vivências de pessoas negras e latinas. A Universal Zulu Nation, fundada em Nova York em 1973 por Afrika Bambaataa, simboliza a origem do movimento. Djenane destaca a forte identificação dos jovens negros brasileiros com essa cultura afrodiaspórica, especialmente nos grandes centros urbanos. A pesquisa de Djenane, que teve como epicentro a cidade de Diadema (SP), identificou o hip-hop como um reforço de identidades afro-diaspóricas, abrangendo elementos como grafite, break, MC e DJ. A cultura de rua, com foco na criatividade juvenil, se manifesta em elementos como moda e esportes, conectando-se à identidade periférica. Em Salvador, as batalhas de rima e os slams ganham destaque. Vitor Carvalho, produtor cultural e organizador da Batalha da Torre, relata que o evento surgiu em 2017 e cresceu com a viralização de vídeos, alcançando reconhecimento nacional. As batalhas semanais gratuitas reúnem de 25 a 30 MCs, com edições especiais atraindo até 100 espectadores. Para Vitor, o hip-hop tem o poder de transformação, impactando positivamente a vida de muitos jovens. Além das batalhas de rima, o slam, com foco na poesia, ganha espaço. O Slam das Minas Bahia, fundado em 2017, promove o protagonismo feminino