A recente trégua entre Paquistão e Afeganistão, intermediada em Istambul, parece mais uma pausa estratégica do que um acordo de paz duradouro. Ambos os lados enfrentam pressões internas urgentes: Islamabad busca concluir a repatriação forçada de refugiados afegãos, enquanto Cabul tenta manter o comércio transfronteiriço antes do inverno. A trégua, anunciada com apertos de mão e sorrisos diplomáticos, esconde uma realidade mais complexa. Fontes de segurança paquistanesas admitem que a ausência de combates não é motivada por boa vontade, mas sim por uma necessidade de ganhar tempo. O Paquistão precisa finalizar a repatriação de centenas de milhares de refugiados afegãos, enquanto o regime talibã necessita manter o comércio fronteiriço aberto até que os suprimentos de inverno atravessem Chaman e Torkham. Mediadores da Turquia e Catar foram cruciais para a trégua, que exige que ambas as partes evitem ataques e compartilhem informações. No entanto, a fragilidade do acordo é evidente, com diplomatas paquistaneses reconhecendo que ele durará apenas enquanto for conveniente para ambos os lados. O Paquistão visa concluir a repatriação sem violência, temendo reações internacionais e complicações nas negociações com doadores. O governo interino paquistanês insiste que as deportações são legais, mas grupos de direitos humanos as consideram coercitivas. Para Cabul, o incentivo é igualmente pragmático: manter as fronteiras abertas para o comércio
Guerra Fria no Afeganistão? Paquistão e Taliban em Trégua Estratégica: O Que Realmente Está Acontecendo?
A trégua entre Paquistão e Afeganistão é mais uma pausa calculada do que um avanço. Islamabad quer repatriar refugiados, enquanto Cabul busca comércio. Entenda os bastidores!
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