Em meio a conflitos e declarações de cessar-fogo, a persistência da violência na Faixa de Gaza levanta questões sobre as verdadeiras motivações por trás da agressão. A história revela que a disputa pela terra palestina, com foco no controle do litoral, tem raízes profundas no projeto sionista, que remonta a mais de um século. A destruição de vilarejos e cidades palestinas, o deslocamento de seus habitantes e a apropriação de terras, como ocorreu na Nakba de 1948, são exemplos dessa estratégia.
A ocupação do litoral palestino, visando o controle do mar, foi uma estratégia que se tornou mais evidente a partir da década de 1930. A expressão “mar judaico”, cunhada por Jabotinsky, e as declarações de David Ben-Gurion sobre a importância de uma “revolução marítima” para o futuro Estado judeu, evidenciam essa visão. Ben-Gurion destacou que o litoral seria uma ponte para o mar e um elo com países vizinhos, essencial para o estabelecimento do Estado.
Inicialmente, o plano sionista focava na agricultura e na diplomacia, mas a organização da imigração clandestina por via marítima transformou o Mediterrâneo Oriental em um ponto crucial. A construção do porto de Haifa, concluída em 1933, facilitou a imigração, o comércio e o fornecimento de bens essenciais. Diante das restrições britânicas, a imigração clandestina, a Aliyah Bet, transportou milhares de pessoas para a Palestina, desafiando patrulhas e conquistando apoio internacional
Do Sonho Sionista ao Domínio Marítimo: A Estratégia por Trás do Controle da Costa Palestina
Entenda como o controle do litoral palestino é crucial para o projeto sionista, desde as raízes históricas até a busca por expansão e poder no Mediterrâneo. Uma análise profunda da 'revolução marítima' e seus impactos.
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