China Promete Salvar Indústria Automotiva do Brasil: Chips Garantidos para Evitar Crise!

O embaixador da China no Brasil, Zhu Quingqiao, assegurou ao vice-presidente Geraldo Alckmin, em encontro no último sábado (1º/11), que Pequim abrirá canais de diálogo com as montadoras brasileiras. O objetivo é evitar a falta de chips, essenciais para a produção de veículos no país. A informação foi divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Alckmin, que também é o titular da pasta, comemorou a notícia. Ele destacou a importância da cadeia automotiva, que emprega 1,3 milhão de pessoas e impacta diversos setores, como siderúrgico, químico, plástico e borracha. O vice-presidente ressaltou que, apesar de precisar verificar como a ajuda se concretizará, foi dado um passo importante para o crescimento da indústria automotiva brasileira e a geração de empregos de qualidade. Na terça-feira anterior (28/10), Alckmin reuniu-se com representantes de entidades como a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) e a Associação Brasileira da Indústria de Autopeças (Abipeças). O MDIC informou que, durante a conversa com o embaixador chinês, o vice-presidente solicitou prioridade no fornecimento de chips às empresas brasileiras. A escassez de semicondutores tem afetado o Brasil, que importa quase todos os chips que utiliza. Muitos deles vêm de fornecedores que compram da Nexperia, empresa chinesa

agora controlada pelo governo holandês. Em resposta, o governo chinês suspendeu a exportação de semicondutores produzidos na China. Estados Unidos e China anunciaram um acordo comercial na última quinta-feira (30/10), abrindo caminho para uma possível solução. A disputa global por semicondutores envolve uma corrida por minerais críticos, liderada por EUA, China, Japão e nações europeias. A produção desses minerais está concentrada em poucos países, com a China respondendo por grande parte da mineração de terras raras, refino e produção de ímãs permanentes. A Anfavea alertou sobre o risco de paralisação na produção de veículos no Brasil devido à escassez de semicondutores. A entidade comparou a situação atual com o período da pandemia de Covid-19, em 2020 e 2021. A nova crise dos chips é resultado de disputas geopolíticas, após o governo holandês assumir o controle da Nexperia. A Anfavea explicou que a China impôs restrições à exportação de componentes eletrônicos, afetando a produção em algumas fábricas automotivas na Europa e ameaçando parar montadoras no Brasil. Um veículo moderno utiliza, em média, de mil a 3 mil chips. Sem esses componentes, as fábricas não conseguem manter a produção. A Anfavea alertou o governo federal sobre a necessidade de medidas rápidas para evitar o desabastecimento de semicondutores. Igor Calvet, presidente da Anfavea, enfatizou a importância de encontrar uma solução, considerando os 1,3 milhão de empregos em jogo e o cenário desafiador de juros altos e queda na demanda. A entidade está atenta e preocupada com o risco de paralisação da produção, que pode afetar as operações fabris em questão de semanas.

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