Chile em Crise: Medo do Crime e Imigração Explosiva Impulsionam Políticos de 'Linha Dura'

Após tentativas frustradas de reformar a Constituição, os chilenos mudaram suas prioridades. A população, antes focada em um Estado de bem-estar social, agora exige medidas enérgicas contra o crime e a imigração descontrolada. A crescente presença de imigrantes, principalmente venezuelanos, é vista como um fator que contribui para a sobrecarga dos serviços públicos e o aumento da criminalidade, incluindo roubos, sequestros e extorsões. Diante desse cenário, candidatos de extrema direita ganham força, prometendo uma postura de "linha dura". Em um debate presidencial recente, Kast propôs "bala ou prisão", enquanto Matthei defendeu "prisão ou cemitério" para criminosos. Kaiser, por sua vez, anunciou a possibilidade de "militares nas ruas". O Chile abriga cerca de 1,8 milhão de estrangeiros, sendo metade venezuelanos. Aproximadamente 330 mil estão em situação irregular. Os candidatos propõem a expulsão desses imigrantes, a criação de centros de detenção e até mesmo o fechamento ou a construção de valas nas fronteiras com a Bolívia e o Peru, por onde muitos venezuelanos entram no país. Nos últimos dez anos, a taxa de homicídios no Chile mais que dobrou, passando de 2,5 para 6,7 por 100 mil habitantes. Apesar do aumento, essa taxa ainda está abaixo da média da América Latina, que é de 15 homicídios por 100 mil habitantes. As principais pesquisas indicam que a segurança é a maior preocupação dos chilenos, superando imigração e corrupção