A justiça britânica, em um recente desdobramento, decidiu que a BHP, uma das proprietárias da Samarco, é 'parcialmente culpada' pelo desastre ambiental de Mariana, ocorrido há dez anos. A decisão foi possível devido à existência de duas sedes da empresa na época do rompimento da barragem, incluindo uma em Londres. Desde o início das investigações, a BHP negou qualquer responsabilidade direta pelo desastre, posicionando-se contra as acusações de ser a principal causadora da tragédia. No entanto, advogados que representam as vítimas argumentam que a empresa tinha pleno conhecimento dos riscos iminentes que a barragem representava, praticamente desde os estágios iniciais. O julgamento no Reino Unido demonstra a complexidade das responsabilidades corporativas em desastres ambientais e a importância de responsabilizar as empresas por suas ações. A decisão da justiça britânica pode abrir precedentes importantes para casos semelhantes e reforça a necessidade de fiscalização e segurança em operações de mineração.