A Bahia se estabeleceu como o terceiro estado com maior expansão de postos de trabalho para profissionais de enfermagem na Atenção Básica do país. A informação foi divulgada pela Demografia da Enfermagem do Brasil, um estudo apresentado pelo Ministério da Saúde na terça-feira (11). A pesquisa, que abrange o período entre 2017 e 2022, traça um panorama detalhado do setor, destacando a criação de novas vagas e o registro de vínculos de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. O estudo revela que a Bahia alcançou a terceira posição no ranking de estados com maior crescimento na geração de empregos para enfermagem, considerando apenas a Atenção Básica. A pesquisa, com base nos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), dividiu o crescimento da categoria em quatro áreas: Atenção Primária, Atenção Secundária, Atenção Terciária e "outros". Na Atenção Básica, a Bahia registrou a criação de 19.720 postos de trabalho em 2022, o que corresponde a 6,9% do total de vagas geradas no Brasil. Em todo o país, foram criadas 285.145 novas vagas na Atenção Básica no mesmo ano. A Bahia ficou atrás apenas de São Paulo, com 53.692 vagas (18,8%), e Minas Gerais, com 33.623 postos (11,8%). Na Atenção Secundária, a Bahia ocupou a quarta posição, com 6,3% das vagas criadas no Brasil em 2022. Em números absolutos, foram 14.932 vagas ativas nessa área de atendimento no estado. O estado ficou atrás do Rio de Janeiro (9,9%)
, com 23.735 vagas; Minas Gerais (10%), que registrou 23.797 postos; e São Paulo (24,9%), com 59.357 registros. A Atenção Secundária brasileira gerou 238.578 postos de trabalho em 2022. Na Atenção Terciária, o país gerou 899.597 postos de trabalho, sendo que 5,8% na Bahia, o que representou 51.927 vagas criadas nesta categoria, colocando o estado na quinta posição entre os entes federativos. Nesse cenário, o estado ficou atrás apenas do Rio Grande do Sul (6,4%), com 57.802; Minas Gerais (9,8%) com 87.958 registros; Rio de Janeiro (11,2%), com 101.041 vagas criadas; e São Paulo, com 231.463 vagas representando 25,7% do total nacional. Nas "outras" categorias de Atenção à Saúde, o aumento foi mínimo em todo o país. Foram registradas 51.139 vagas para profissionais de enfermagem nessa seção, com apenas 4.646 (1,91%) na Bahia. O estado ficou atrás apenas de São Paulo, com 7.553 vagas (3%). Somando todas as vagas, em 2022, a Bahia contabilizou 80.118 vagas ativas para profissionais de enfermagem, um aumento de 33,48% em relação a 2017, quando o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) registrou 60.022 postos de trabalho no estado. Além das vagas criadas até 2022, o estudo também destacou, com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) e do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), que a Bahia tinha 100.908 postos de trabalho disponíveis para profissionais de enfermagem até fevereiro de 2024. A Bahia ficou atrás apenas de Pernambuco (153.260), Maranhão (163.440) e Santa Catarina (375.223) em relação a outros estados. O levantamento também observou que o número de profissionais ativos ainda é superior à oferta. O estudo considera que os profissionais ativos podem estar registrados em dois sistemas: registro único e registros múltiplos. Os registros múltiplos podem indicar que um profissional possui múltiplos vínculos trabalhistas ou registros profissionais. A pesquisa explica que, no Brasil, não há regulamentações que impeçam um profissional de atuar em mais de uma categoria de enfermagem, permitindo que um mesmo profissional tenha registros e vínculos de trabalho de diferentes naturezas. Na Bahia, a Demografia, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) e do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), identificou 182.599 registros únicos de profissionais e 15.629 registros múltiplos. Para o estudo, esses múltiplos vínculos indicam a crescente mobilidade social dentro da profissão, mostrando que um profissional pode começar como Técnico de Enfermagem e progredir para Enfermeiro, criando um novo registro. PERFIL DA ENFERMAGEM NA BAHIA Os dados sobre o perfil dos profissionais de enfermagem na Bahia consideram apenas os registros múltiplos. Desses profissionais (15.629), a maioria são mulheres com até 45 anos. Em relação às faixas etárias, cerca de 60,41%, ou 9.442 profissionais, têm entre 25 e 45 anos. Um grupo de 5.829 profissionais têm entre 46 e 65 anos, representando 37,3% do total analisado. Os outros 358 profissionais estão divididos em três faixas etárias: 229 têm menos de 25 anos, 128 têm mais de 65 anos e apenas um não possui registro. Em relação ao gênero, os dados confirmam uma percepção social comum: cerca de 88,5% dos profissionais de enfermagem são mulheres, totalizando 13.840 trabalhadoras. Apenas 1.789 profissionais são homens. Os registros de raça ou etnia não são segmentados por estado. No entanto, dados nacionais da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) indicam que, em 2021, pelo menos 35,3% dos enfermeiros no Brasil eram pessoas brancas, enquanto pessoas negras (pretos e pardos) representavam 43,7%.
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com base em reportagem publicada em
Bahianoticias
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