Em um cenário de transformações aceleradas, a arquitetura enfrenta um período de incertezas. A tecnologia avança, as mudanças climáticas se intensificam, a demografia se altera e a burocracia persiste, mas as mudanças estruturais demoram a acontecer. A inteligência artificial surge como um novo paradigma, prometendo revolucionar a forma como projetamos e construímos, alterando métodos e meios de produção. Paralelamente, questões éticas são levantadas, e a necessidade de preservar a autoria humana e a ferramenta como extensão do pensamento se torna crucial. O mercado imobiliário e da construção, por sua vez, exerce pressão sobre os arquitetos, exigindo mais com menos recursos, transferindo riscos e incentivando o uso de modelos pré-fabricados. A precarização do trabalho convive com a busca pela excelência, levando muitos jovens arquitetos a considerar a mudança de país ou de profissão. Os profissionais mais experientes lamentam a proibição de honorários de referência, como se o conhecimento de custos fosse um crime. Diante de uma legislação complexa e uma burocracia ineficiente, as condições de trabalho dos arquitetos se deterioraram nos últimos 20 anos, especialmente em Portugal. Apesar disso, a profissão continua atraindo estudantes e mobilizando milhares de profissionais, mantendo o reconhecimento nacional e internacional. É nesse contexto que, entre os dias 13 e 15 de novembro, em Évora, a Ordem dos Arquitectos promoverá um congresso
Arquitetura em Crise? Congresso em Évora Debaterá o Futuro da Profissão em Meio à Inteligência Artificial
Os arquitetos se reunirão em Évora para discutir os desafios da profissão, a influência da inteligência artificial e a necessidade de um compromisso entre arquitetura e sociedade. Será revolução ou apenas uma mudança de paradigma?
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