Alerta! Médica Revela Remédios Comuns que Podem Destruir Seu Fígado

Especialista da USP lista medicamentos populares, consumidos sem receita, que colocam a saúde do fígado em risco. Saiba quais são e proteja seu órgão!

Uma pesquisa do Conselho Federal de Farmácia (CFF), em parceria com o Instituto Datafolha, revelou que a automedicação é um hábito comum entre os brasileiros. Cerca de 77% da população se automedica, com 47% consumindo medicamentos sem prescrição médica mensalmente e 25% utilizando remédios diariamente ou semanalmente. A hepatologista Patrícia Almeida, do Grupo de Transplante do Hospital Israelita Albert Einstein, alerta para os perigos dessa prática, que pode sobrecarregar o fígado, órgão essencial para a saúde. A médica explica que o fígado atua como um laboratório bioquímico, processando tudo o que é ingerido e neutralizando substâncias potencialmente tóxicas. No entanto, a exposição constante a essas substâncias pode danificar as células hepáticas. A Dra. Patrícia Almeida, doutora pela Universidade de São Paulo (USP), lista três medicamentos populares que podem prejudicar o fígado quando consumidos sem orientação médica: 1. **Paracetamol:** Apesar de seguro em doses corretas para tratar febre e dor, o excesso pode causar hepatite medicamentosa. 2. **Chá de cavalinha:** Frequentemente usado como diurético natural, o chá de cavalinha pode ser hepatotóxico, levando à inflamação e lesão no fígado, especialmente em quem já usa outros medicamentos. A especialista ressalta que o fato de ser natural não o isenta de riscos. 3. **Extrato seco de chá verde:** Presente em suplementos para emagrecimento, pode causar hepatite aguda e insuficiência

hepática, mesmo em pessoas sem histórico de doenças no fígado. Doses elevadas ou uso prolongado aumentam o risco de toxicidade. A médica enfatiza que o fígado metaboliza tudo o que é ingerido, gerando sobrecarga e possíveis danos. As substâncias contidas nesses medicamentos exigem que o fígado trabalhe intensamente, liberando subprodutos tóxicos que agridem as células hepáticas. Isso pode levar à inflamação, aumento das enzimas hepáticas e, a longo prazo, fibrose e falência do órgão. A Dra. Patrícia alerta que a automedicação é um hábito culturalmente enraizado, mas perigoso. Cada organismo reage de forma diferente às substâncias químicas, e o uso inadequado de medicamentos pode causar intoxicações graves, mascarar doenças e atrasar o diagnóstico. A hepatologista recomenda o uso de medicamentos apenas com prescrição médica e acompanhamento regular, incluindo exames laboratoriais e de imagem, como o FibroScan, para avaliar a saúde do fígado. Ela adverte que o uso prolongado e sem supervisão médica pode levar a hepatite medicamentosa crônica, esteato-hepatite induzida por fitoterápicos, fibrose e cirrose hepática, podendo, em casos graves, exigir transplante. A especialista conclui que a prevenção é fundamental e que a orientação de profissionais de saúde é essencial.

📝 Sobre este conteúdo Esta matéria foi adaptada e reescrita pela equipe editorial do TudoAquiUSA com base em reportagem publicada em Metropoles . O texto foi modificado para melhor atender nosso público, mantendo a precisão factual. Veja o artigo original aqui.