Agentes de Imigração Detêm Mais de 170 Cidadãos Americanos Contra Sua Vontade: A Verdade Chocante Revelada

Investigação da ProPublica expõe abusos de agentes de imigração, que detêm americanos, ferem-nos e ignoram seus direitos. Descubra os relatos de cidadãos aterrorizados e as falhas do sistema.

A ProPublica revelou que agentes de imigração detiveram mais de 170 cidadãos americanos contra sua vontade. A Suprema Corte, recentemente, permitiu que agentes de imigração na área de Los Angeles considerassem a raça em suas operações, mas a realidade vivida por muitos cidadãos é bem diferente do que o juiz Brett Kavanaugh sugeriu. Cidadãos americanos foram arrastados, agredidos, atacados com armas de choque e baleados por agentes de imigração. Alguns tiveram seus pescoços pressionados por joelhos, foram mantidos ao ar livre sob chuva e em trajes íntimos. Pelo menos três cidadãs estavam grávidas quando detidas. Uma delas teve a porta de sua casa explodida na presença da Secretária de Segurança Interna, Kristi Noem. Cerca de duas dezenas de americanos relataram ter ficado detidos por mais de um dia sem poder contatar advogados ou familiares. Apesar da ampla divulgação de vídeos nas redes sociais, o governo não monitora a frequência com que agentes de imigração detêm cidadãos americanos. A ProPublica compilou e analisou cada caso que encontrou, identificando mais de 170 incidentes nos primeiros nove meses do segundo mandato do ex-presidente Donald Trump. Entre os detidos, havia quase 20 crianças, incluindo duas com câncer. Agentes de imigração têm autoridade para deter americanos em certas circunstâncias, como quando há suspeita razoável de que a pessoa esteja no país ilegalmente. Mais de 50 americanos foram detidos após questionamentos sobre

sua cidadania, a maioria deles latinos. Agentes também podem prender cidadãos que interfiram ou agridam policiais. Cerca de 130 americanos foram presos por agressão ou obstrução, e em quase 50 casos, as acusações foram retiradas ou nunca apresentadas. Em alguns casos, agentes mascarados apontaram armas, usaram spray de pimenta e agrediram um jovem que os filmava. Em outro, um proprietário de lava-rápido de 79 anos foi derrubado e teve o pescoço pressionado por agentes, sofrendo costelas quebradas e sem receber atendimento médico. Uma mulher foi detida em uma operação contra vendedores ambulantes e ficou mais de dois dias sem contato com o mundo exterior. O Departamento de Segurança Interna afirmou que agentes não fazem perfil racial nem visam cidadãos americanos. Um alto funcionário de imigração admitiu que a aparência é considerada. A Casa Branca declarou que qualquer pessoa que agredir agentes federais será processada. A contagem de americanos detidos é imprecisa, pois o governo ignora recomendações para rastrear esses casos. A ProPublica compilou casos por meio de mídias sociais, processos judiciais e relatos da mídia local. Especialistas apontam que as operações de imigração em larga escala estão aumentando as detenções de americanos. David Bier, do Cato Institute, argumenta que as varreduras em Los Angeles levaram ao perfil racial. Cody Wofsy, da União Americana pelas Liberdades Civis, alerta que qualquer um pode ser o próximo. A dissidência dos juízes liberais da Suprema Corte alertou que cidadãos correm o risco de serem detidos por sua aparência ou sotaque. Leonardo Garcia Venegas foi detido em um canteiro de obras na costa do Alabama, apesar de apresentar sua identidade. Agentes ignoraram sua identificação e o detiveram por mais de uma hora. George Retes foi preso em uma operação em uma fazenda de maconha, mesmo que os agentes soubessem de sua cidadania. Sua família não conseguiu encontrá-lo por dias. Ele foi libertado sem acusações. Daniel Montenegro foi detido por filmar uma operação em Van Nuys, Califórnia, e foi acusado de usar objetos pontiagudos para danificar pneus. Andrea Velez foi acusada de agredir um policial, mas as acusações foram retiradas. As perspectivas de responsabilização dos agentes são limitadas. Joanna Schwartz, professora da UCLA School of Law, afirma que as proteções contra abusos federais são inexistentes. Mais de 50 membros do Congresso exigiram detalhes sobre as detenções de americanos. O senador Alex Padilla foi detido após questionar Noem sobre os cidadãos detidos.

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